Os Sumérios já faziam disso na Mesopotâmia á 6 mil anos... Tranquilo...

Normal a primeira vez nunca corre como o esperado...JABT Escreveu:Caros cervejeiros, muito obrigado pelo apoio.
A coisa podia ter corrido pior, mas seria difícil![]()
Fui meticuloso na higienização e por aqui penso que correu bem, não fosse ter jogado água a ferver para cima de um termómetro de vinho e este ter rebentado.
Lição nº 1 - Não colocar um termómetro debaixo de água a ferver.
A preparação do mosto podia ter corrido melhor. Não fui cuidadoso e quando dei por mim estava com cerca de 1/2 litro de água a mais.
Lição nº 2 - Ter cuidado a colocar a água.
Terminado o mosto, com a pressão, a torneira começou a verter, não por estar mal apertada, mas por algum tipo de defeito. Vou comprar outra e tentar devolver aquela. Nessa altura já não tinha desinfetante preparado, pelo que optei por despejar o mosto para o alguidar onde estava o material desifetado, o qual também tinha higienizado. Depois de substituir a torneira, voltei a colocar o mosto no balde de fermentação.
A seguir fui medir a temperatura do mosto e verifico que estava a cima dos 30º C. Utilizei 3 litros de água a ferver, 6L de água que tinha colocado na noite anterior no frio e o resto em água natural.
Lição nº 3 - Diluir o açúcar em apenas um litro de água (reduzindo assim em 1 litro a água a ferver) e colocar 2 garrafões de água no frio 2 dias antes.
Tive de atrasar a introdução da levedura, para arranjar à pressa um reservatório e umas poucas cuvetes que tinha congeladas a ver se conseguia baixar a temperatura do mosto. Mesmo assim, às 14 horas tive de misturar a levedura a 26ºC, após espera de uma hora de arrefecimento, quando a temperatura ideal é de 20ºC.
Quando tirei a amostra para medir a densidade inicial, obtive o resultado de 1044 a 24º, quando a indicação do folheto é de 1052.
Não obstante todas estas peripécias, às 21 horas o borbulhador cantava
Mas não estou confiante no resultado. Receio alguma contaminação (só por sorte não acontecerá) e não consigo perceber a diferença de densidade. Cerca de 1/2litro, no máximo 3/4L a mais de água pode provocar essa diferença? Quais poderão ser a consequências de partir com uma densidade inferior?
Tirei algumas lições para as próximas fermentações, pois para desistir o Sr. Murphy terá de se esforçar muito mais
Um abraço a todos.
JABT Escreveu:Boas.
58 horas após a inoculação da levedura, o borbulhador continua com boa atividade. As paragens são curtas e muito espaçadas no tempo. Ou seja, parece que o processo de fermentação continua forte.
Tendo em conta as atribulações da elaboração, continuo a achar que se a cerveja ficar boa, será mesmo muita sorte.
Cumprimentos,
JABT Escreveu:Boas.
Tenho mantido a calma, mas acompanhado o processo com "todo o carinho"
Estou a ficar esperançoso de que a cerveja não tenha sido contaminada.
Seis dias depois da elaboração o borbulhador mantém atividade, embora com paragens mais longas.
A temperatura ambiente tem estado a 23º, por isso tenho o fermentador dentro de uma caixa com água, a qual vou refrigerando de forma a manter cerca de 20º.
Será que depois de todas as peripécias a cerveja vai ficar bebível?
Seria a chamada "sorte de principiante"
JABT Escreveu:Vou ser forte! Não vou vacilar! Só no domingo dia 28 colocarei uma garrafa (ou melhor meia, aquela que ficou a meio) no frio e na segunda dia 29 provo-a.
Depois conto-vos
Um abraço.
pedrovieira41 Escreveu:Já me perdi em relação à tua agenda
JABT Escreveu:pedrovieira41 Escreveu:Já me perdi em relação à tua agenda
Pois é normal. A agenda já teve tantas alterações:
Previsto: 30/mai - Elaboração; Executado: 31/mai - Por motivos alheios à minha vontade!
Previsto: 10/jun - Transfega para 2ª fermentação; Não executado. Como a elaboração correu tão mal, preferi não aumentar o risco de contaminação.
Previsto: 14/jun - Engarrafamento; Executado como previsto.
Previsto: 5/jul - Primeira prova. Prevejo agora uma primeira prova passadas 2 semanas - ou então passados 10 dias- por ser uma garrafa que ficou a meio - vai sentir-se menos gás, certo? A verdadeira prova será dia 5 de julho, se me aguentar
Tenho mais uma dúvida: Devo colocar as garrafas no frigorífico durante a terceira semana? Ou mantenho-as à temperatura ambiente de cerca de 22º?
JABT Escreveu:Caros colegas cervejeiros - já me posso autointitular cervejeiro
Seguindo a sugestão do Pedro Vieira, ontem abri a garrafa de 1/2 litro que tinha ficado a meio no engarrafamento, partilhando a prova com três amigos que me ajudaram nas notas da prova. Confesso que estava com receio da cerveja não ter criado gás. Por isso, quase num ritual, peguei no abre-garrafas e muito lentamente comecei a separar a cápsula da garrafa.
O som prolongado do gás a sair foi inequívoco. A cerveja tinha gás, o primeiro teste estava passado com distinção
A seguir, a curiosidade de ver a cor e se tinha espuma. Verti a cerveja de forma cuidadosa, com o copo deitado. A cerveja mostrava-se loira, não muito dourada, um pouco turva, com espuma branca e abundante (que se revelou muito persistente) e com o gás muito vivo no copo. Confesso que estava entusiasmadíssimo
No nariz apresentava um aroma agradável a cerveja, com toques doces e frutados. O paladar veio confirmar estes predicados, realçando um sabor ativo, com toques de citrinos e também de tremoço.
Ao contrário do que esperava, a cerveja não se mostrou verde, mas sim redonda, com um sabor muito agradável. Não se sente o álcool, mas também não se sente a sua falta. Na realidade, consideramos que está uma cerveja muito equilibrada.
Vai ser difícil mantê-la na garrafa. Vou tentar disciplinar-me, mas só depois de hoje partilhar, com mais uns amigos, uma de 0,75L que já coloquei no frioDar-vos-ei notícias desta segunda prova.
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