ha uns tempos disse q ia escrever aqui sobre o que penso q será o futuro do desenvoilvimento do mercado cervejeiro em protugal. pura futurologia e mania de marketeer apaixonado por cerveja. aviso ja q tudo o q disser pode estar totalmente errado

. a ver vamos se o tempo me dá razao ou nao
o vicmap aflorou aqui e agora a questao q me parece central para este exercicio digno de bola de cristal, e como tal vou dar-lhe seguimento pra cumprimento da minha promessa
penso, e mais a frente tentarei justificar e dar exemplos, q o desenvolvimento do mercado cervejeiro em portugal, numa optica do q nós apaixonados chamamos de qualidade, se fará plo caminho das reservas e ediçoes especiais e produtos (nao promnoçoes) sazonais`
ponho fora desta questão, e incluo-as no q o vicmap chamou e bem de mixordias, todas as greens, tangos, limas e afins. isto sao malabarismos para cativar quem nem sequer gosta de cerveja e portanto nem deveriam ter cabimento neste forum
passemos entao ao q interessa. o passado recente, leia-se bohemia e sobretudo a 1835 com mais sucesso, ou a abadia mais fraquita, mostrou q parece haver aqui uma tendencia pra produtos/cervejas mais diferenciados, de maior valor acrescentado e que exploram e preenchem preferencias de consumo marcadamente diferentes (eu nao queria chamar-lhe premium pq ainda ha uns dias andei a gozar c os marketeers q acham q tudo o q fazem é premium e portanto hoje nao ha nada mais banal do q ser premium

)
o exemplo dado sobre a alhambre reserva, ao q parece uma excelente cerveja, e das artesanais da republica, enquadram-se prefeita/ neste tendencia. mais uma vez se poe a eterna questao do lucro vs volume em jogo, com a consequente consequencia (passo a duplicação) no preço
em minha opinião à medida q nós consumidores fomos consumindo mais os produtos de maior valor acrescentado, oa marketeers investirao mais tempo e paciencia e dinheiro a pensar em novos produtos. acreditem q nada lhes dá mais gozo (e melhor justificam os ordenados q ganham) do q vender produtos mais caros (os livros de marketing chamam a isto trade up e é geralmente visto como um factor de sucesso na gestao de marcas)
agora vem a parte de advogado do diabo (pra nao tar so aqui a bater no ceguinho): qual o share da bohemia em relaçao à sagres? ou mm da abadia em relação à sbock? e qual a parte dos clientes da republica q pedem uma imperial "normal" em detrimento duma especial?
quero evitar cair na questao da galinha e do ovo mas devemos concordar q os tais capatazes cervejeiros (gostei da imagem

) ate têm dado uns passitos, timidos é certo, mas justificados por quem tem muito mais a perder do q a ganahr nesta questão (e voltamos ao tema: eles sao pagos pra entregar dividendos aos accionistas e nao pra educar o consumidor de cerveja, num pais onde até nem existe grande apetência pra sofisticação). os principais passos têm q ser dados por nós consumidores, sobre isso nao existe a mais pequena duvida
por ultimo alguns exemplos q ilustram o q referi, todos do ramo alimentar pra facilitar a comparação, ordenados por ordem mais ou menos cronologica:
ex 1. qd eu era pequenino, e isso quer dizer ha uns 30 anos atras, so havia iogurtes vigor naturais em frasco de vidro. lembro-me da autentica revolução q foi o primeiro iogurte de morango. hoje a variedade é talvez a maior no mundo alimentar e os lançamentos sucedem-se (e morrem) ao ritmo de mtos por mês. tentativo e erro à mistura com desejo de experimentaçao por parte do consumidor. é claro q antes desta avalanche foi feito um trabalho brutal de aumento de penetraçao do consumo (feito de varias formas). o exemplo dos iogurtes ilustra só o aumento de variedade para o qual os mercados tendem, embora por vezes mais lentos do q nós gostariamos
ex 2. de ha uns anos a este parte, talvez 10/15 o mercado de vinhos sofreu uma mudança enorme. sempre houve variedade, cada terriola tinha a sua adega cooperativa, e cada adega cooperativa tinha plo menos 2 ou 3 produtos a q chamavam vinho. a mudança deu-se principal/ segundo dois vectores principais. o primeiro o do aumento muuuuito significativo da qualidade dos produtos, com os preços a acompanharem, e o segundo o do nascimento de marcas fortes bem posicionadas num mercado bem segmentado. resultado: uma das melhores ofertas de vinho do mundo, repito, do mundo, com preços exagerados é certo, mas q satisfaz quase na totalidade as pnecessidades e expectativas dos consumidores. este exemplo dos vinhos mostra q quando ha apetencia por parte dos consumidores os mercados/produtos evoluem no sentido do aumento da qualidade e do preço.
ex 3. nos ultimos anos, e acho q talvez 2 ou 3, o mercado mais tradicionalista e conservador q havia no alimentar, e no qual qualquer inovaçao seria logo apelidade de intrujice, iniciou tb ele a senda da inovação. tou a falar dos azeites, produto tradicional, fortemente enraziado nas tradiçoes portuguesas e q ate por questoes legais nao admite misturas, quaisquer q elas sejam. pois bem todos nós ja compramos, e o segmento está em crescimento acelerado, condimentos a base de zaeite e ervas e limao e piri piri e mais nao sei o q. note-se q estes produtos nem sequer podem ser designados por azeite (em termos legais, como as aguas com sabores) mas contribuiram para um crescimento em valor (nao em volume) do mercado pq vendem generica/ o mm produto a um preço muito mais alto pq tem um grande valor acrescentado. este exemplo mostra q todos os mercados se podem sofisticar, o q neste caso acontecem via inovação de produto (pq a qualidade ja tava mais do q garantida)
ex 4. e ultimo as aguas com gaz com sabor (às quais tive a honra e o prazer de estar ligado no lançamento da frize em portugal). isto q hoje conhecemos como um sucesso (em primeira mao de uma marca e deposi de um segmento) teve um parto dificil, fruto da capacidade visionaria e do espirito de risco de uma so pessoa q num misto de intuição e capadicade analitica previu q o mercado de aguas com gaz tionha potencial para dar enormes rentabilidades. tudo o q se passou desde o lançamento da primeira frize (sem sabor) ate agora ilustra q quando exsite visao e o mercado esta pronto as coisas acontecem, é tudo uma questao de timing
resumo e conclusão: ha-de chegar a hora das cervejas (q estao agora a sair da fase do vigor em frascos de vidro) e o caminho a percorrer tem q ser uma interaçao entre marcas e consumidores. ninguem aqui faz favores a ninguem
as minhas desculpas se isto ficou longo demais (parece q sim

)